domingo, 5 de abril de 2009

Champs ainda é uma icógnita

Para iniciar a reflexão sobre os pontos positivos e os negativos do contrato feito com a Champs, convido você, caro leitor (a), para que veja a opinião deste mesmo blog quando a parceria foi firmada. Clique aqui para ler a matéria de 21/11/2008.

Naquela oportunidade, o Vasco fechava um contrato de fornecimento de material esportivo um tanto quanto lucrativo e ao mesmo tempo arriscado. Como dito no post de 4 meses e meio atrás, a Reebok trouxe saudades. Saudades para aqueles que, mesmo com o time sendo rebaixado, desembolsavam dinheiro para adquirir produtos do tão amado clube. Saudades a Reebok deixa para os fãs de Romário que puderam ver a camisa dos 1.000 gols sendo vendida normalmente, para os fãs de Cocada que puderam comprar a camisa do ídolo e carrasco do Urubu etc. O que eu quero aqui não é enumerar os pontos positivos da antiga fornecedora, não quero fazer esse marketing todo para eles.

O que quero com este post é tentar abrir a cabeça de alguns queridos vascaínos que se deixam levar pela emoção. A racionalidade é imprescindível em certos momentos. E agora é preciso usá-la.

A Champs é uma empresa nova, sem grandes garantias de bons serviços. Já tinha problemas com clubes menores, que, consequentemente, vendem menos camisas, na hora da distribuição das mesmas. Um exemplo: o Avaí, que subiu para a Série A, não pôde satisfazer da maneira que queria seus torcedores em 2008. As camisas não chegavam às lojas e quando chegavam traziam consigo erros grotescos e várias falhas. Falo por experiência (quase) própria. Todos nós sabemos que o Vasco é um clube de ponta, e um clube de ponta merece material de ponta. Analise agora, caro amigo (a) vascaíno (a). A Champs nos oferece um material de ponta? Não na minha opinião.

O torcedor cruzmaltino que quer vestir o manto após um 2 a 0 espetacular sobre o maior rival na segunda-feira fica com o gostinho na boca. Ou ele tira da gaveta a camisa usada pelo time que rebaixou o clube ou então não usa. A nossa querida e simpática amiga Champs não dá e não dará conta de abastecer os postos de vendas que, em todo Brasil, aguardam a chegada das camisas para faturar em cima dos sedentos vascaínos empolgados com a sequência de vitórias do time. Os mais iludidos vascaínos argumentam: "Mas, pô, a Champs está pagando mais do que a Reebok!". Vascaíno, não se iluda. Como uma empresa que fatura, no máximo, R$ 2,5 milhões/ano vai pagar, só para um clube, o Vasco no caso, cerca de R$ 6 milhões por temporada? Não quero aqui acusar ninguém, mas é difícil de acreditar numa coisa dessas.

O Vasco já sofreu, em menos de 4 meses de parceria, com a falta de distribuição de materiais esportivos. Os três primeiros jogos seriam com a camisa estampando MRV, logo no quarto uma camisa limpa seria usada. Porém, no quarto jogo do ano, o Cruzmaltino entrou em campo estampando, mais uma vez, a MRV. Motivo? Diz a diretoria que foi para selar a parceria com chave de ouro. Pois bem, não é mais fácil dizer isso do que afirmar que a Champs não fabricou os modelos a tempo? É. Outra: a numeração fixa foi anunciada vários dias antes da estreia no Estadual. No dia 24 de janeiro, o Vasco entrou em campo sem a numeração fixa. Por quê, Champs? Na pré temporada a comissão técnica do Vasco usou chuteiras da Reebok. Por quê, Champs? Esses dias, num flagra durante o treinamento, Titi estava usando uma cueca da Reebok. Por quê, Champs? O time juniores até uns dias jogava com a camisa da MRV ainda. Por quê, Champs? Os esportes amadores ainda usam Reebok e MRV. Por quê, Champs? O elenco hoje usa calça jeans para viagens, diferente de 2008 quando recebiam uniforme de viagem completo. Por quê, Champs?

Bom, não posso ser radical ao extremo. Entendo que a transição é demorada, é lenta, alguma coisinha ou outra acontece e um furo da antiga fornecedora fica para trás. Só que, só com os citados acima, já podemos nos desanimar. A Champs, repito, não dá e não dará conta de abastecer e fornecer materiais para o Vasco e sua gigante torcida. Eurico Miranda, na última reunião do conselho, sugeriu o rompimento do contrato. E aí? Eu concordo.

Ah, temos um ponto positivo em meio a isso tudo. A Champs conseguiu fornecer um material classificado como 'excelente' pelos remadores do Vasco. A camisa com a eterna faixa diagonal foi resgatada e o Remo do Vasco agradece. Só que, darão conta de manter isso? É esperar para ver.

Hoje, mais um capítulo do já anunciado rompimento entre Vasco e Champs. Após depoimento de alguns empresários enfurecidos com a falta de responsabilidade da Champs, que cobra o produto não entregue, a notícia do JB Online ainda mostra uma fala de Dinamite onde o presidente diz que a Champs se comprometeu a cumprir o combinado:

- Eles nos prometeram que até o final do mês tudo estará regularizado. Fiquei sabendo de algumas coisas, até mesmo da entrada do Ministério Público. Temos um contrato em vigor e acreditamos que ele será cumprido. - relatou o presidente.

O vice-presidente de futebol do clube, José Hamilton Mandarino, também espera que a empresa cumpra o que prometeu.

– Determinamos prazos para a total regularização da situação. Se isso não for feito, vamos analisar o que pode ser feito. - avisa o cartola.

Afinal, Sr. Mandarino, o que pode ser feito? Nada mais pode ser feito se não o rompimento de contrato. Para agravar a situação, os pagamentos não estão em dia. Mas a presidente da empresa paulista promete que, até segunda-feira (06/04) o dinheiro estará na conta do Club de Regatas Vasco da Gama.

É bom olhar tudo por um outro lado, obter uma outra análise. A Reebok não é a dona dos superpoderes. A Champs não é a pior fornecedora do mundo. Mas, a diferença entre elas, todos nós sabemos, é enorme. Já se passaram 4 meses de parceria e a empresa do ABC Paulista ainda está devendo. O que o Vasco pode fazer para não parar no tempo? Apelar para outras confecções menores como a Estilo Carioca, que fez a camisa do "Sentimento não pode parar", sucesso de vendas, além do mais novo lançamento, a camisa do ídolo Giovani.

A Champs ganha visibilidade com o Vasco. O Vasco tem passado vergonha com a Champs. É interessante analisar o custo-benefício disso tudo, dessa parceria. O "novo Vasco", como é chamado pelo MUV, deveria estar mais atento a isso. Eu e a grande maioria dos vascaínos que param para pensar um pouco apelamos: acorda, Vasco!

TIME DEFINIDO

O time do Vasco para enfrentar o Bangu em São Januário está definido: Tiago, Paulo Sérgio, Gian, Leonardo e Ramon; Nilton, Mateus, Enrico e Jéferson; Pimpão e Alan Kardec.

Provável banco de reservas: Fernando Prass, Vilson, Edu Pina, Benítez, Léo Lima, Pedro Vera e Edgar.

O SENTIMENTO NÃO PODE PARAR!

Saudações Vascaínas!

2 comentários:

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